domingo, 7 de agosto de 2011

Bruxa na cidade sim! Por que não?

Uma vez me perguntaram, de forma espantada, como eu era bruxa e morava na cidade? Como eu não gostava de passar mais que três dias no interior? Como sentia falta do barulho e da agitação quando estava fora? Naquele momento, eu vi como esse assunto de bruxaria, feitiçaria, Wicca... ainda está preso aos estereótipos holliwoodianos, como as pessoas sabem pouco sobre a Arte, como desconhecem o verdadeiro propósito da antiga religião.
         Quando dizemos sermos bruxos, as pessoas, imediatamente, imaginam que somos seres bizarros, alucinados com mania de poder, que esse papo de bruxaria é insanidade, fantasia, ou pior, coisa do diabo (E ele nem existe na Bruxaria!...). Imaginam que temos um caldeirão grande, onde cozinhamos sapos e asas de morcego, que andamos sempre de preto, que temos bola de cristal, vassoura, ferradura, gato preto e essas coisas todas, que rimos de forma estridente e voamos pelos céus à procura de alguma maldade. Quando dizemos que somos bruxas e estamos num bar, numa danceteria, vestindo jeans e camiseta, somos tomados por bicho-grilo, ou metidos à besta, ligados a algum tipo de modismo. O que as pessoas não vêem é que ser bruxo não é encarnar uma personagem medieval, é encarar a ligação com a Grande Mãe Terra, é sentir os elementos e elementais em qualquer lugar e interagir com eles, é saber de sua responsabilidade em ser parte da Grande Mãe.
         Não quero, com esse blog, falar mais sobre a feitiçaria moderna ou o que se deve fazer para se “tornar um bruxo”, mas compartilhar minha experiência com aqueles que estão se “descobrindo bruxos”, aqueles que andam confusos com os sinais da natureza, com as “coincidências” que andam ocorrendo em suas vidas. Você não está, nem nunca esteve, só nessa jornada. Quero também desmistificar a bruxaria, fazer as pessoas verem o quanto ser bruxo é ser natural, o quando é simples praticar magia, aliás, o quanto de magia já está na sua vida sem você saber... Facilitar  a conexão com a Grande Mãe e, principalmente, tirar a culpa de cima de nossas costas por amarmos as grandes cidades, por não nos importarmos com o som das buzinas e sirenes, ou o cheiro de fumaça.
         Se fôssemos abraçar um estereótipo, seria melhor, antes, procurarmos uma máquina do tempo e voltarmos, pelo menos, uns quinhentos anos atrás, pois só assim fugiríamos da realidade de hoje, cheia de ciência e tecnologia. Negar isso é negar nossa existência e a vida que há na Terra.
         Aquelas pessoas que nos julgam personagens de contos de fadas ou que pensam que só podemos praticar magia em florestas, dentro de casas de madeiras sem iluminação elétrica, infelizmente, são medíocres, atrasadas, com a cabeça tão fechada como uma casca de noz, talvez não devêssemos nos preocupar com elas, quem sabe, um dia, elas percebam o quanto ainda precisam aprender...


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